2 de fev. de 2011

Por acaso em Cambridge

Sonhei que estava vagando pela cidade. Olhei para mim mesma, com uma roupa surrada, cinza com algumas manchas em vermelho. Tenho quase certeza que era sangue. E ainda estava com os pés descalços e toda suja. Não sei porque, mas assim estava.
Andando e olhando para tudo, acabei caindo em uma vala em frente a uma passarela perto de um grande viaduto. Em uma das partes que eu mais reparei, foi que ali perto havia uma bilheteria, onde as pessoas passavam rapidamente e retiravam seus bilhetes.
Crianças, adultos, idosos passavam ligeiros. Me aproximei, olhei para dentro da bilheteria e havia uma moça, bem vestida com seus labios carnudos, com batom vermelho.
-Em que posso ajudar?
-O que tens ai?
-Bilhetes para o trem.
-Existe trem ainda?
-Sim. São maquinas de ultima geração. Você nunca ouviu falar?
-Em que ano nós estamos?
-1812, porque?
-Nada de importante.
Virei as costas e continuei andando. Quando me olhei de novo para me lamentar pela minha condição nada favorável, eis que estou toda limpa, unhas pintadas e bem aparadas, sobretudo vermelho vinho comprido, sapatos de salto vermelho também. andei mais alguns metros, que parei em frente a uma loja de espelhos.
Estava de cabelo ondulado loiro, com maquiagem, com os lábios bem chamativos pintado de vermelho sangue. Na hora, parei e fiquei pasma. Olhei para minhas mãos, para meu rosto, me estiquei e até me belisquei para ver se não era tudo um sonho.
Voltando para a bilheteria o tempo esfriou, começou a cair pequenos flocos de neve. As pessoas começaram a andar mais rápido, algumas até corriam. Senti um leve aroma super agradável de pão. Aquele pão crocante e fresquinho; ao chegar a bilheteria perguntei novamente para a moça:
-Aonde nós estamos?
-Na cidade de Cambridge, você não sabia?
-Cambridge? Sério?
-Tá tudo bem com você Senhorita?
-Estou ótima. Para onde vai o trem?
-No momento temos uma saída para Londres. Em torno de quatro horas de viagem até lá.
-Quanto custa?
-350 libras.
Retirei uma carteira comprida e dourada de um dos bolsos, abri, retirei o dinheiro e comprei o bilhete.
Me dirigi até o ponto de embarque do trem. Faltavam apenas 20 minutos para sua partida. Sentei em um dos bancos da estação e abri minha carteira para procurar algum documento. Havia muito dinheiro e um papel todo dobradinho ao fundo. retirei da carteira, e fui abrindo-o.
Sr. Helora.
Convocamos vossa senhoria para que compareça a rua XVIII para se apresentar e servir seu país.
Continuei a ler...
Estamos em um ano de revolução
Tocou o som estrondoso do trem.
Levantei-me e me aproximei da entrada do vagão.
Algumas pessoas me olharam e olharam diretamente para o jornal em suas mãos.
Comentavam umas com as outras, aos cochichos.
ao longe escuto:
-Peguem aquela mulher!!!
Três homens vieram correndo em minha direção, olhei para os dois lados e só avia eu em evidência.
Acelerei meu passo e entrei correndo no vagão.
Já não estava vestida de sobretudo, aquele lugar não parecia nada com um vagão de trem.
Já não sei mais como explicar.
Estava em um ambiente escuro, com tons pastéis. Uma cadeira de balanço, uma cômoda de meio e a porta em um dos lados do cômodo.
Olhei para cima, para frente, para os lados e nada de alguma movimentação.
-Alouuu. Tem alguém por aqui? Alguém me escuta?
Apenas o barulho do vento na janela. Me aproximei da cômoda e puxei a primeira gaveta para ver o que havia ali dentro.
Ao puxar observei que tinha algumas peças de roupas dobradas, alguns recortes de jornal do outro lado e uma foto 3X4 de uma senhora. Uma senhora que parecia minha falecida avó. (Que deus a tenha. E feliz niver vovó seria 69 anos) Peguei a foto e coloquei dentro de meu bolso da calça.
Andei pelo resto da casa, muita poeira e desorganização. Apertada fui ao banheiro, fiz minhas necessidades e aproveitei para tomar um banho.
De repente a porta se abre fortemente, a figura que parecia meu primo e um amigo baixinho e gordinho dele entraram no banheiro juntos e começaram a me interrogar.
-Cadê a foto da vovó?
-Que foto?
-A foto que estava na cômoda de centro em cima dos recortes de jornal?
-Peguei para colocar na minha carteira.
-Quem te deu autonomia para pegar as coisas dos outros?
-Não sabia de quem era e me fez lembrar minha avó.
-Mas é a nossa avó. Pare de ser egoísta e devolve a foto. Ela tem de continuar lá.
-Não vou devolver.
Ele me olhou de cima a baixo.
-Porque você está tomando banho de top? E porque não fechou a cortina do box?
Eu estava só de top, me olhei e realmente estava estranho.
-Não sei, porque agora você quer saber?
-você pode sair dessa casa e procurar outro lugar para morar. Se vira.
Fiz uma cara de deboche e entrei com tudo em baixo da água do chuveiro, fechei meus olhos e fiquei pensando. O que faço agora? Para onde vou? Fazer o que?
Ao abrir meus olhos não estava mais no banheiro escuro, estava andando em uma rua e minha amiga Fernanda vinha em minha direção, com uma caixa.
-O que você tem ai?
-Haaa. Tem de esperar para ver.
Olhou sorrindo para mim.
Ao comprimir os olhos sorrindo, tudo embaçou. Quando abri bem os olhos, estava olhando para meu travesseiro.

Queee bom!
Mais um sonho maluco.
UHASUHUAHSUAHSUAH
Beijos e até o próximo sonho...

3 comentários:

Ferf's disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda Mendonça disse...

Aah...Desse sonho eu gosti mais *__*


Será que eu era uma revolucionária tbm??? =OOO

ASjAIsjIAOJSoiAJSoiAJS

Marcia Toito disse...

PRESENTE PRA VC N MEU BLOG, SE GOSTAR É SÓ PEGAR, BJ